Segundo o IBGE, existem mais de 5 milhões de propriedades rurais no Brasil, sendo que, a grande maioria são de pequenas propriedades.
Muitos desses pequenos proprietários de terra, encontram dificuldades para rentabilizar o seu negócio, fazendo muitos deles abandonem o campo e migrem para a cidade.
Uma alternativa viável para incrementar os lucros em pequenas propriedades, é melhorar a produção de leite ou fazer produtos derivados dele.
Por isso, separamos aqui nesse artigo 5 dicas básicas para quem pensa em iniciar a produção de queijo e derivados.
É importante, em qualquer tipo de produção de derivados de leite, mesmo que ela seja artesanal, atender as exigências dos órgãos reguladores.
Recentemente houve uma nova Instrução Normativa de Regulamentação das Agroindústrias de Pequeno Porte de Laticínios, Ovos e Mel, que facilita a vida dos pequenos produtores de queijos.
Segundo a nova instrução, os produtores de leite podem realizar alguns testes de controle de qualidade em laboratórios credenciados pela Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Antigamente, era exigido que o produtor tivesse que investir em um pequeno laboratório para realizar os testes.
Outra novidade que também veio para ajudar o produtor de queijo artesanal, é referente a obrigação de uso de água com cloro na produção dos queijos que são feitos com leite cru. Agora é possível outros métodos que tratem a água e garantam a qualidade e segurança na produção do queijo.
Para produzir queijo, tem que ter leite. E, para ter leite, tem que ter vacas sadias.
Cuidar da saúde do rebanho e fornecer uma dieta nutritiva e boa suplementação é fundamental para que os animais respondam com leite de boa qualidade e com alta produção. Ou pelo menos, que seja suficiente para atender a demanda que a produção de queijo vai exigir.
As vacas leiteiras são animais sensíveis e, qualquer deficiência na alimentação, pode prejudicar a produção de leite. Por isso é sempre importante ficar atento a qualidade do volumoso e dos suplementos que são oferecidos aos animais.
A atenção com a limpeza do ambiente e dos instrumentos que são utilizados na ordenha, além de garantir a qualidade do leite, também será fundamental para manter algumas doenças longe da sua propriedade.
A mastite por exemplo, é uma doença muito comum nas propriedades que produzem de leite.
Essa doença pode causar muito prejuízo ao produtor, pois além afetar a produção de leite do animal infectado, ela pode ser facilmente transmitida a outros animais, o que pode inviabilizar a produção.
Uma das maneira de evitar a mastite é manter a higienização correta do local, dos tetos e dos equipamentos de ordenha. Desta maneira o produtor evita o contágio e a proliferação da enfermidade.
Como dizia nossos avós, não coloque todos os ovos em uma única cesta.
Por isso, para atingir o maior número de clientes, o ideal é que o produtor diversifique o tipo de produto na propriedade.
São inúmeros produtos que podem ser produzidos com o leite. Seja a manteiga, o requeijão, a ricota, o queijo coalho, muçarela, queijo curado, fresco, etc.
Com diferentes tipos de produtos fica mais fácil comercializar em feiras, mercados e restaurantes da região.
Produzir queijo, assim como qualquer outro produto, exige do pecuarista um certo nível de gestão no seu negócio.
É muito comum nas pequenas propriedades que toda a família trabalhe no negócio. Mas mesmo sendo um negócio familiar, com uma produção pequena, o produtor precisa ter olhos de empreendedor.
Ou seja, ele precisa ver a produção dele como um negócio que precisa ser rentável e dar lucro, senão ele vai acabar comprometendo o orçamento da família, tendo mais gasto do que retorno financeiro.
Sempre que possível, Invista na aquisição de bons equipamentos, de animais com uma genética adequada para a produção de leite, além de suplementos de qualidade, que irão garantir o manutenção e rentabilidade do negócio.
Fonte: Blog Premix