De acordo com dados oficiais do governo federal, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nesta quinta-feira (9), a área desmatada na Amazônia entre agosto de 2022 e julho de 2023 totalizou 9.001 km². Isso equivale ao tamanho aproximado do Líbano. Quando comparado com o levantamento anterior do INPE, observa-se uma queda de 22,3% na área desmatada entre as duas temporadas. No período anterior, entre agosto de 2021 e julho de 2022, o desmatamento havia atingido 11.594 km².
Esses números fazem parte do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o método mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento na região. É importante ressaltar que o Prodes é diferente do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que fornece alertas mensais e já havia indicado quedas na taxa de desmatamento nos últimos meses.
Nos últimos 20 anos, o pico de desmatamento ocorreu em 2004, atingindo 27,7 mil km². No entanto, desde então, houve uma tendência de queda constante nas taxas de desmatamento. O ano de 2012 registrou a menor taxa de desmatamento na Amazônia em toda a série histórica do Prodes, com 4.5 mil km². A situação se inverteu em 2015, com um aumento na área desmatada, atingindo 10.129 km² em 2019, 10.851 km² em 2020 e 13 mil km² em 2021.
Apesar da queda na taxa oficial, há meses o bioma amazônico sofre com os efeitos do desmatamento ilegal e da seca histórica que atinge a região. Por causa disso, desde setembro o Amazonas está em estado de emergência ambiental.