GRIPE AVIÁRIA: Brasil registra casos de gripe aviária em aves silvestres, mas mantém status de livre da doença, e Leões-marinhos são infectados no litoral do RS Pela primeira vez no Brasil.

O Ministério da Agricultura e Pecuária, em atualização na plataforma oficial desta última quarta-feira (4), informou que um novo foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foi detectado no Brasil. No total, há 112 casos da doença em aves silvestres no país e três focos em produção de subsistência, de criação doméstica, somando 115.

As notificações em aves silvestres e/ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)

A gripe aviária é uma doença que atinge principalmente as aves, mas foi registrado no Brasil o primeiro caso de gripe aviária em leões-marinhos-do-sul, uma espécie de mamífero marinho que vive na costa sul do país. O foco da doença foi identificado na praia do Cassino, no Rio Grande do Sul. Esse é o primeiro registro da doença em mamíferos marinhos no Brasil. Outros países da América do Sul, como Peru, Chile, Argentina e Uruguai, já haviam reportado casos em animais da mesma espécie.

Na última terça-feira (3), o Senado Federal aprovou uma Medida Provisória, que abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões no Orçamento deste ano para combater a gripe aviária. Os recursos estão sendo usados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. e foi elaborada em conjunto com os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e Mudança do Clima; com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e com a Defesa Civil, além de órgãos estaduais. O texto segue para sanção presidencial.

Como se prevenir?

Algumas medidas podem ser tomadas, como evitar locais fechados e aglomerados. Procurar deixar os espaços bem ventilados e reforçar a higiene das mãos, informou a Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa).

É recomendado ainda:

  • Ao avistar aves doentes acione o serviço veterinário local ou realizar a notificação por meio do Sisbravet
  • Evite o contato próximo e desprotegido com pessoas que apresentem sintomas gripais;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados com porta e janelas abertas;
  • Evite aglomerações em ambientes fechados;
  • Pratique higiene das mãos e ter etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar;
  • Caso precise manipular a ave, use máscara de proteção e luvas, acondicione em uma caixa e comunique ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf)

Quais cuidados avicultores precisam ter?

A Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves) informou que está reforçando as medidas sanitárias e orientações aos produtores de aves do estado a fim de evitar qualquer possível contaminação.

Entre as medidas estão:

  • Intensificar as medidas de biosseguridade na área de produção;
  • Proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção;
  • Evitar visitas em locais com aves silvestres;
  • Ausência de outras aves na propriedade;
  • Conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão;
  • Manter o portão de acesso da propriedade fechado;
  • Desinfecção de veículos em pleno funcionamento;
  • Desinfecção de materiais que acessem a granja;
  • Uso de roupas e calçados exclusivos no acesso à granja;
  • Pedilúvio no acesso aos núcleos e aos galpões (solução desinfetante num recipiente);
  • Cuidados com a ração;
  • Cuidados com a água (fonte de qualidade, tratamento, reservatórios íntegros e cobertos);
  • Controle de pragas;
  • Restringir criação de aves pelos funcionários.

Fonte: G1